E se esvai no momento seguinte...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quando eu crescer eu quero ser...


Quando eu era criança, em uma espécie de sacada que tinha lá em casa eu ficava olhando para a Lua cheia.
Imaginando um grande amor, amar e ser amada, ser feliz. E eu desejava ser grande, crescer rapidamente para poder ser feliz.
Casar, ter filhos, cuidar dos filhos, do marido. Cozinhar para todos, comprar presentes pros sobrinhos e para os filhos, ajudar na lição de casa. Passar o Natal na casa da mãe, cuidar dos cachorros.

Uma vida simples e feliz.

Mas quando a gente cresce, o primeiro desejo ao se deparar com as injustiças, a falta de valorização do trabalho, dificuldades na faculdade, relacionamentos que te 'puxam para baixo' e todo tipo de treta possível, só deseja uma coisa ao olhar a Lua cheia: por favor, posso voltar a ser criança?

Decepção

E certo dia, quando tudo dá certo: você consegue fazer o trabalho acadêmico que ultimamente mais enche tua cabeça de preocupações... Eis que surge o mal do coração. Gostar de alguém que não gosta de você. Que não quer conversar contigo, que não se preocupa de verdade.

Me sinto traída, traída pelo fato de não ser avisada da culpa da pessoa por "eu ter sido usada".

Sei o que escolho para a minha vida. Sei quando eu me meto em uma roubada, e você pode ter certeza que eu sei, e mesmo assim escolho.

O único motivo para alguém me falar que se sente mal com isso é pq se importa com as cagadas que eu estou fazendo. Bom, se isso significasse que você me ama e que quer ficar para sempre comigo seria ótimo... Mas não, porque isso não existe. Contos de fada não existem, fadas não existem, gnomos existem porque eu quero que neste post eles existam.

E sabe? Eu odeio pensar em como eu perdi tempo gostando de você, me apaixonando a primeira vista. Lutando contra meu desejo de te agarrar na frente de todo mundo. Lutando contra mim, por causa dos meus princípios. Desejando-te a cada dia mais, e me corroendo por isto. Olhando pros seus fucking olhos e pensando como seria bom vê-los sorrir por mim e para mim. Por que sim, seus olhos brilhavam intensamente, seu sorriso era como um farol pra mim, até hoje, só até hoje. Não permito mais que você seja o meu " objeto de paixão". Cansei! Uma vez era bom, suprimi e ressurgiu e eu só levei patada. Me apaixonei de novo e esses dias atrás, terceira vez ou segunda pela mesma pessoa, você. É muita falta de criatividade!

Sinceramente meu coração está partido. Com vontade de nunca mais te ver na minha frente porque eu tenho medo de tudo o que eu sinto por você volte e eu ter mais uma vez o meu coração partido por você. Dói.

A única coisa que eu desejo para você é a mesma que sempre desejei para ti: seja feliz.

Eu preciso encaminhar minha vida. Preciso esquecer você. Deixar o mar lavar estes sentimentos que não cabem mais em mim. Nunca couberam. Eu... Eu... Eu...am... Eu... Foda-se!

Esta história tem que acabar aqui e agora. Só por hoje eu vou continuar gostando de você. Só por hoje eu vou continuar querendo ver o seu sorriso. Só por hoje eu vou querer estar ao seu lado e te fazer feliz. Só por hoje eu vou querer que converse comigo e me dê atenção. Quando eu acordar vou arrancar você do meu coração, nem que para isso eu tenha que tirar meu coração junto. E então eu não vou mais sentir, não vou mais sofrer. E então tudo será curado. Assim eu serei livre para me ferrar novamente.

Este post se auto-destruirá em 3 2 1... Cabum!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Liberte-se

Era mais um dia comum, com tarefas comuns, ou seja, com a mais perfeita rotina inquebrável. De repente minha mente deu um clique: eu faria diferente! Assim, coloquei uma roupa leve, peguei a minha bike e pedalei para a descida mais próxima. Me joguei, deixei a gravidade agir. Me inclinei sobre a bicicleta para pegar mais velocidade.

Eu finalmente estava livre de todas as preocupações que me corroeram nos últimos dias.

Sentia o vento batendo em meu rosto. Ah! A adrenalina!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cap 14 - Sonhos

Mergulhei no mundo onírico e despertei no paraíso: uma ilha. Lá havia chuva e sol, mar de baía, botos, barracas. Caminhei até onde eu poderia ficar sentada sozinha, sempre assim: sozinha. Lá do banco de areia eu podia ver as pessoas tão pequenas que pareciam formigas.

Experimentei o mar, estava levemente frio em um primeiro momento, depois de um mergulho ficava delicioso, com as pequenas ondas da baía batendo suavemente na margem, natureza me cercava e de algum modo eu me sentia protegida.

Saí do mar e corri pela praia enquanto o vento levantava uma poeira de areia que deixava rastros ondulados, um espetáculo divino. Chamei o seu nome que eu nem mesmo sabia, corri mais ainda, a noite caiu. Cansada e desiludida, inebriada pela beleza natural e completamente triste por não ter alguém íntimo com quem dividir a paisagem voltei ao camping, e na simples cozinha te encontrei.

Conversa vem e vai, fomos para a praia, apreciamos a madrugada, a companhia um do outro, e quando percebemos vimos o sol nascer lindamente. Nos dias anteriores a chuva tinha castigado as barracas, o que tornava esta aurora ainda mais especial. Senti uma conexão com a vida, contigo, com o amor transcendental que eu nunca tinha experimentado. Você quis ir embora, eu não quis que você fosse. Não queria perder o momento, meu déjà-vu anterior me dizia que você era especial, alguém que eu não poderia deixar ir facilmente, alguém importante para mim. Mas eu não conseguia dizer isso, as palavras pareciam não ser suficientes para expressar o momento, e realmente não eram, agora eu sei. Eu só sorria por sua causa.

Deixei você partir, mas ficou uma promessa atrelada aos 'olhos-de-boi' e quando eu deixei o medo de não te ver de volta me consumir, perguntei se eu deveria persistir e achei o 'olho-de-boi' mais lindo. Carreguei-o em todos os lugares, nos banhos de mar, no chuveiro, debaixo do travesseiro, era uma promessa. Como não te encontrei nos outros dias decidi sair a sua procura, enfrentei mangues, a noite, a insegurança, o meu medo de ser rejeitada de novo por alguém. Errei o caminho mais de uma vez e quando estava quase desistindo encontrei o caminho certo, e você estava lá. E eu não sabia o que dizer, mas entreguei aquele símbolo de promessa, tentando demonstrar o quanto eu queria que continuasse.

De volta parecia que qualquer palavra estragaria o momento, eu só queria ficar ali, ali onde eu finalmente me senti completa como nunca antes me senti, feliz, repleta de amor infinito. Então a chuva veio, lavou meu sonho e o levou para onde eu estava: mais uma vez indo para longe, fugindo. Um lugar que ninguém soubesse quem eu sou, onde eu pudesse recomeçar, mas meu lar estava por perto, eu podia sentir meu coração pulsando forte. Havia uma espécie de ligação invisível entre nós dois, e eu sorri timidamente para o nada. Eu sei que você está aí em algum lugar e eu não vou desistir tão fácil de você.